HISTÓRIA DE TANGIL

 

Tangil, confronta com Podame e Badim, a norte, Riba de Mouro a nascente, Sistelo (Arcos de Valdevez) a sul, e Merufe, a poente. É formada por um núcleo central de 25 lugares cortado a meio pelo rio Mouro, e que constitui a parte baixa da freguesia, e pelos aglomerados de Santa MarinhaLeirasModelos e Além, que compõem a parte alta e distante do centro (cerca de oito quilómetros).

A paróquia do Divino Salvador de Tangil, padroeiro da freguesia, tem existência muito antiga, pois sabe-se que já se encontrava instituída pelo menos do século XII para o século XIII no julgado medieval de Valadares. O topónimo Crastelo, anterior ao século XII, documenta a existência de populações locais muito remotas.

O topónimo principal, Tangil, ainda no século XII Taagilde (“Collatione Sancti Salvatoris de Taagilde”, pode ler-se no texto respetivo das Inquirições de 1258), é o genitivo do nome pessoal de origem germânica Athanagildu(s), de modo que assim fica comprovado que aqui houve uma propriedade de um indivíduo com esse nome, vários séculos antes da nacionalidade.

No lugar de Fornelos existia a honra dos filhos de algo, a qual, pelo menos em 1258, compreendia, além dos apêndices naturais, quatro casais organizados e assim distribuídos: dois dos cavaleiros-fidalgos próprios, um do mosteiro ou igreja de Merufe e o outro dos herdadores, mas todos honrados pelo paço de Fornelos.

Na sua memória original, o pároco desta freguesia em 1758 fala de vestígios de Tangil, estendida pelas faldas da serra da Peneda, desde a margem do rio Vez até ao vale do rio Mouro, dista cerca de dezoito quilómetros da sede do concelho três torres, uma no lugar de Crastelo, outra no lugar do Paço e outra na Costa, que são do solar dos Soares”. Estas três torres senhoriais documentam a existência dos senhores medievais de Tangil e a sua abundância é decerto caso raro no país.

Testemunhos desta velha terra de fidalgos, mantêm-se brasonadas as casas de Ladreda e do Pedral. A primeira é um antigo solar minhoto com torre de menagem. Era o solar do capitão-mor. O escudo esquartelado contém, no primeiro quartel, as armas dos Sousas, no segundo, as dos Lobatos, no terceiro, as dos Figueiroas e no quarto, as dos Soares.

A segunda, um solar do século XVIII, ostenta como brasão um escudo esquartelado com o leão dos Silvas, no primeiro quartel, as ramas dos lobatos, no segundo, aspa carregada de cinco bisontes dos araújos, no terceiro, e as armas dos bacelares e ainda o elmo de aço aberto e por timbre o leão das armas, no quarto.

Situada em pleno Vale do Mouro, no extremo sudeste do concelho de Monção, Tangil é uma povoação essencialmente rural. Com grande parte da sua população emigrada, os que ficaram dividem-se pela agricultura, construção civil, Industria de alumínio e carpintaria, pequeno comércio e serviços.

Existem atualmente infraestruturas que em muito engrandecem a freguesia:

Posto da GNRCTTServiço de SaúdeEspaço Saúde e o Agrupamento Escolar Vale do Mouro com sede na EBI de Tangil e esperemos que muito em breve a Casa da Cultura, também seja uma realidade.

Coletividades e Grupos Desportivos e Culturais como a Casa do Povo de TangilBanda Musical da Casa do Povo de Tangil, Associação de Caça e Pesca Tangilense, Amigos da Bicicleta, Grupo de Música Acústica Duo Guibando, Grupo musical Paralelos XXI o Grupo de Jovens Luz e Vida, organizam eventos como Feira do Vinho Tinto, TT Rota da Pedra SoltaPasseio BTTCaminhada, Festival Internacional de Bandas Filarmónicas (bienalmente), Montaria ao Javali de entre outros, espalham a nossa cultura e levam bem longe o nome de Tangil.

Romarias como a Senhora da Vista, com um cenário deslumbrante e o Senhor do Dia do Juízo Final, com rio Mouro aos seus pés, são mais um polo de atração, que muito nos orgulha.

A abundância de água para rega proveniente do rio Mouro e seus regatos e a fertilidade natural do solo fazem desta freguesia uma das mais férteis do concelho. Para além dos seus extensos montados, propícios ao pastoreio, milho, vinho, azeite, hortaliças, legumes e frutas são os principais produtos que aqui se colhem a encherem a mesa com destaque para o vinho tinto, um dos melhores da região.

O rio é igualmente decisivo para o desenvolvimento do potencial turístico desta terra. As suas águas límpidas, as condições ótimas para a pesca desportiva, os seus moinhos e azenhas, as belas margens, o aprazível sítio da ponte de Tangil e Súmios, são atributos a merecerem a melhor atenção.

Você, também pode fazer parte da nossa história, descubra os segredos e encantos desta maravilhosa terra.

Fontes consultadas:  Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Freguesias-Autarcas do Séc. XXI, Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo .

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